Entrevista com General de Divisão Tales Eduardo Areco Villela
Diretor de Fabricação do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército Brasileiro fala sobre os avanços obtidos com os novos projetos estratégicos e prevê um futuro de crescimento tecnológico
A Diretoria de Fabricação é o órgão de apoio do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) responsável por planejar e coordenar as atividades relativas ao uso de material de emprego militar (MEM). Isso inclui cuidar da fabricação ou revitalização, adaptação, transformação, modernização e nacionalização desses equipamentos. Uma missão nada simples, e que ganha ainda mais complexidade com a chegada de novos programas estratégicos, como o dos blindados Guarani. Missão essa que vem sendo cumprida com louvor pelo responsável pela diretoria, o General de Divisão Tales Eduardo Areco Villela
Ele explica que o DF vem se capacitando cada vez mais para atender ao Exército Brasileiro nesse momento de grande evolução tecnológica, tanto nos equipamentos quanto nos cenários de operação da força terrestre. “A adaptabilidade e a integração do Sistema de Fabricação com diversos atores tonam-se atributos cada vez mais necessários para o seu sucesso”.
O general também destaca a importância de seu trabalho para que o Exército estreite ainda mais seu relacionamento com Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS). “As empresas são bem proativas na busca por soluções às necessidades e aos problemas do Exército Brasileiro”.
Confira abaixo a entrevista:
1 – Qual é o papel da DF hoje e o quais foram as principais mudanças ao longo dos anos?
A Diretoria de Fabricação hoje pode ser resumida como o elo entre o desenvolvimento de produtos de defesa e o uso de tais produtos pela tropa. As atividades se concentram na nacionalização, modernização, revitalização e repotencialização de SMEM, bem como na direção dos trabalhos dos Arsenais de Guerra, missão histórica. Ainda, a Diretoria vem acumulando expertise na contratação de SMEM no contexto das missões que fazem parte da sua atribuição.
A missão precípua da Diretoria continua a mesma ao longo dos anos. Porém, a sua execução tem acompanhado as evoluções das necessidades do Exército Brasileiro, as atualizações tecnológicas de diversas áreas da defesa e as particularidades do mercado internacional, junto à sua relação com a legislação brasileira e a base normativa do EB.
Diante disso, a DF se viu na necessidade de ter um papel muito mais ativo e integrado, em detrimento da função puramente gerencial com os seus Arsenais de Guerra, no passado.
Assim, tal “transformação”, por assim dizer, se deu início com a chegada do Projeto Guarani, à época, e tem sido aprimorada desde então, tanto com novos projetos que foram surgindo, quanto com as lições aprendidas dos projetos encerrados e em condução. Dessa forma, atualmente, a Diretoria de Fabricação tem trabalhado, de forma presente, direta ou indiretamente, em diversas frentes, com projetos dos mais variados Programas Estratégicos do Exército, de forma multidisciplinar (técnica, gerencial, administrativa, logística e operacional). Ainda, tem envolvido os seus Arsenais nesses trabalhos, de forma que o Sistema de Fabricação tem feito interface com diversas áreas do EB, da BID e das Universidades.
2 – Que projetos estão sendo conduzidos ou analisados atualmente pela DF?
Para responder à pergunta, julga-se pertinente separar por projetos e trabalhos em que a Diretoria é responsável diretamente e os que o Sistema de Fabricação, como um todo, tem prestado apoio.
Assim, quanto ao primeiro caso, pode-se listar, principalmente:
Gerenciamento Técnico do Subprograma Estratégico do Exército Guarani
Projeto de Obtenção do Simulador de Procedimentos de Motorista da Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média Sobre Rodas (VBTP-MSR) 6×6 Guarani
Projeto de Atualização Tecnológica da VBTP-MSR 6×6 Guarani (“Guarani 2.0”)
Projeto de Adaptação da VBTP-MSR 6×6 Guarani para transporte do Morteiro Médio 81mm
Projeto de Obtenção da Viatura Blindada Multitarefa – Leve Sobre Rodas (VBMT-LSR) 4×4
Projeto de Obtenção do Meio Auxiliar de Instrução da VBMT-LSR 4×4
Projeto de Modernização da Viatura Blindada de Reconhecimento (VBR) EE-9 Cascavel
Gestão Contratual do Projeto de desenvolvimento do Míssil Tático de Cruzeiro (MTC300)
Gestão Contratual do Projeto de desenvolvimento do Foguete Guiado
Projeto PROTEUS
Projeto do Sistema de Armas UT30BR
Projeto de Atualização Tecnológica do Radar SABER M60
Ademais, quanto aos temas em que a Diretoria tem apoiado, listam-se:
Projeto da Viatura Blindada Morteiro (VBC Mrt), conduzido pelo Centro Tecnológico do Exército (CTEx)
Projeto de Obtenção da Viatura Blindada de Combate de Cavalaria (VBC Cav), conduzido pela Diretoria de Material (DMat)
Projeto de Modernização da Viatura Blindada de Combate Carro de Combate (VBC CC) Leopard, conduzido pela DMat
Projetos de Obtenção da Nova VBC CC e da Viatura Blindada de Combate de Fuzileiros (VBC Fuz), no âmbito do Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas (Prg EE F Bld)
Projeto da VBTP Guarani com Implementos de Engenharia, conduzido pela Diretoria de Material de Engenharia (DME)
3 – Quais são as perspectivas para os próximos anos?
As perspectivas para os anos subsequentes, de forma geral, podem ser resumidas em continuar atendendo às necessidades da Força Terrestre, levando em consideração sua constante atualização frente aos avanços tecnológicos e à evolução dos cenários de operação. A missão da DF não mudou e nem mudará, porém, a adaptabilidade e a integração do Sistema de Fabricação com diversos atores tonam-se atributos cada vez mais necessários para o seu sucesso. Assim, o Sistema de Fabricação almeja ser reconhecido até 2025 como uma organização de referência no desenvolvimento de capacidades industriais para a produção, manutenção e inovação de Sistemas e Materiais de Emprego Militar (SMEM) em proveito da Força Terrestre e no relacionamento com a Base Industrial de Defesa (BID).
4 – Quais projetos terão prioridade?
Se trata de um questionamento difícil de ser respondido de forma direta. Primeiramente, as prioridades do Exército Brasileiro são definidas no Plano Estratégico do Exército (PEEx), que se trata de um plano quadrienal produzido com base na Política Nacional de Defesa e na Estratégia Nacional de Defesa.
Assim, o PEEx, a partir de um Planejamento Baseado em Capacidades, levanta os Objetivos Estratégicos de Exército (OEE) que, por sua vez, desdobram-se em Estratégias, Ações Estratégicas e Atividades.
Dessa forma, trazendo ao contexto do Sistema de Fabricação, a Diretoria e seus Arsenais de Guerra têm atuado diretamente em OEE do PEEx 2020-2023, em particular no OEE 1 – CONTRIBUIR COM A DISSUASÃO EXTRARREGIONAL, no OEE 8 –APERFEIÇOAR O SISTEMA LOGÍSTICO MILITAR TERRESTRE e no OEE 9 – APERFEIÇOAR O SISTEMA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO.
Ademais, no Anexo A ao PEE é apresentado o Plano de Obtenção de Capacidades Materiais, o qual lista diversos projetos, em ordem de prioridade. Ressalta-se, ainda, que é possível visualizar na lista praticamente todos os projetos supramencionados.
Em resumo, os trabalhos conduzidos no Sistema de Fabricação, junto às suas prioridades, têm sido (e continuarão a ser) definidos a partir desse processo sistêmico, iniciado no nível governo e culminando nos órgãos executores.
5 – Como a DF avalia a capacitação técnica ou a tecnologia no Brasil?
A Diretoria, por meio dos seus Arsenais de Guerra, da Comissão de Absorção de Conhecimento e Transferência de Tecnologia na IVECO (CACTTIV) e do Escritório de Modernização da VBR EE-9 Cascavel, tem tido uma oportunidade ímpar de interface técnica com empresas interessadas em construir um relacionamento com o EB, tanto da Base Industrial de Defesa quanto da indústria civil nacional. Ainda, no âmbito da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, a Diretoria tem recebido diversas empresas que desenvolveram ou tem a intenção de desenvolver produtos para a aplicação em projetos conduzidos pelo Sistema de Fabricação.
Somado a isso, existem também, no âmbito do Sistema e do Quadro de Engenheiros Militares (QEM) como um todo, militares estudando em diversos programas de pós-graduação no nível mestrado e doutorado nas mais variadas faculdades e universidades do país e no exterior, para atender as necessidades de conhecimento específicos do EB.
Dessa forma, percebe-se a capacitação técnica e o fomento para o desenvolvimento de recursos humanos no país para desenvolvimento de tecnologias e internalização de capacidades de forma a contribuir com a soberania nacional.
Quanto às tecnologias em si, a capacidade de desenvolvimento também é nítida, porém, nesse caso, o maior desafio é o salto de maturidade ao sair das provas de conceito e prototipagem para a produção seriada.
A DF também procura utilizar da estrutura do Sistema de Ciência e Tecnologia do Exército (SCTIEx) para obter informações de cunho técnico, principalmente por meio da Agência de Gestão e Inovação Tecnológica (AGITEC) (inteligência e prospecção tecnológica, propriedade intelectual, etc) e do Sistema Defesa, Indústria e Academia (SisDIA) (prospecção industrial e tecnológica por meio de escritórios regionais).
6 – Como a indústria brasileira tem contribuído com o país na parceria com o EB? Pode fazer mais? Quais são as maiores dificuldades?
De forma direta, as empresas nacionais, quando em parceria com o EB, contribuem fortemente com o desenvolvimento da Defesa Nacional, que, apesar de ser uma missão constitucional das Forças Armadas, é preocupação de toda a população brasileira. Em complemento, uma consequência paralela é o retorno da arrecadação governamental à iniciativa privada. Assim, empregos diretos e indiretos são gerados, pesquisa e desenvolvimento é fomentada e o mercado nacional de defesa se desenvolve.
Ainda, nas experiências em que a Diretoria já teve, no geral, as empresas são bem proativas na busca por soluções às necessidades e aos problemas do EB. Em complemento, existem sugestões quanto a duas áreas, relacionadas às particularidades do Exército Brasileiro. Primeiramente, a visão do usuário final é extremamente necessária de ser levada em consideração na pesquisa e desenvolvimento, de forma que o produto ou serviço ofertado atenda de forma eficiente, eficaz e efetiva a necessidade do EB.
Ainda, é necessário ter em mente que o Exército deve seguir a legislação vigente para a celebração de contratações e/ou instrumentos de parceria, além de sua base normativa para condução de projetos, de forma que é interessante que as empresas tenham, ao menos, uma visão geral dos processos, para facilitar as discussões quanto a propostas e demais negociações.
Por fim, a maior dificuldade, do ponto de vista da Diretoria, é a imprevisibilidade do mercado. Não sendo uma particularidade somente do Brasil, a dependência das distribuições orçamentárias governamentais, ano a ano, podem impactar, de modo extremo, positiva e negativamente, o andamento de diversos programas e/ou projetos, influenciando as parcerias entre o EB e as empresas.
7 – Os projetos como o Guarani, por exemplo, que reúnem várias empresas, como é avaliado? Como integrar essas empresas para o sucesso do trabalho?
Esse é um tema que tem sido foco de evolução continuada ao longo dos anos, em especial devido às lições aprendidas do Projeto Guarani, que podem ser externadas para diversos projetos em curso no Exército Assim, no caso de projetos que envolvam integração de sistemas (por exemplo:
Desenvolvimento da VBTP-MSR 6×6 Guarani, Obtenção da VBMT-LSR 4×4 e Modernização da VBR EE-9 Cascavel), o gerenciamento dos diversos atores envolvidos deve ser pensado desde a sua concepção, inclusive com a definição de responsabilidades, uma vez que são projetos complexos geralmente. Dessa forma, objetiva-se facilitar a comunicação entre os diversos atores envolvidos, mitigar retrabalhos e contribuir com o sucesso do projeto.
Como exemplo de atividade que envolve a participação conjunta de todos está o processo de Teste e Avaliação de um SMEM, dentro do EB, de responsabilidade do Centro de Avaliações do Exército (CAEx), com o intuito de propiciar a disponibilidade do material, bem como apoiar o bom andamento da Avaliação Dessa forma, ao longo dos anos, a DF tem estado cada vez mais presente no acompanhamento dos Testes e da Avaliação dos projetos em que é responsável, fazendo interface com as empresas envolvidas. Em particular, nos casos de não conformidades durante a avaliação, a Diretoria tem aprendido que é interessante que já esteja definido quem será a “empresa integradora”. Esta, por sua vez, é a responsável contratualmente pela integração dos sistemas diferentes e é com quem o Exército, por meio da DF e do CAEx, entrará em contato para sanar as situações encontradas.
Adicionalmente, desde o início do desenvolvimento e fabricação da VBTP Guarani, o Sistema de Fabricação possui uma equipe de engenheiros militares , a Comissão de Absorção de Conhecimento e Transferência de Tecnologia na IVECO, presencialmente na fábrica da IVECO DEFENCE VEHICLES (IDV), em Sete Lagoas/MG, para os projetos relacionados à VBTP-MSR 6×6 Guarani e à VBMT-LSR 4×4, e o Escritório de Modernização da VBR EE-9 Cascavel, localizado no Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), em Barueri/SP, para acompanhamento do projeto em questão. Dentre as diversas atividades dessas duas equipes, ressalta-se a atuação nos trabalhos de integração técnica dos projetos relacionados e a busca pela validação dos SMEM previamente à avaliação do CAEx, durante a fase de desenvolvimento.
8 – Recentemente o Exército Brasileiro assinou um contrato de modernização de Viaturas Blindadas de Reconhecimento Cascavel. Como será esse trabalho? Quantas viaturas serão modernizadas?
O Projeto de Modernização da VBR EE-9 Cascavel se trata de um dos últimos projetos assumidos por esta Diretoria. Dessa forma, é deveras importante mencionar que ele carrega páginas e mais páginas de lições aprendidas de diversos projetos, de áreas variadas e modelos de contratação dos mais diversos, conduzidos ao longo dos anos no Sistema de Fabricação. Assim, para se ter uma visão geral do contexto, ressalta-se que os trabalhos relacionados à atividade começaram no âmbito do, então, “GT Nova Couraça”, posteriormente Subprograma Forças Blindadas e, atualmente, Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas. Dessa forma, em meados de 2020, a Diretoria de Fabricação recebeu a missão de conduzir tal projeto e iniciou os trabalhos para o alcance do objetivo final de forma integrada com o Arsenal de Guerra de São Paulo, devido ao seu extenso conhecimento técnico referente ao SMEM em questão.
Assim, a partir de uma Concepção Integrada a nível Exército, sob coordenação do Comando Militar do Sul, envolvendo militares de OM técnicas, operacionais, logísticas, gerenciais e administrativas, que demandou semanas de reuniões, trabalhos, tratativas e outras atividades, resultou-se na documentação final da Formulação Conceitual e decidiu-se pela Viabilidade do Projeto e a sua continuidade.
Dessa forma, seguiu-se para o Request For Information (RFI) e o posterior Planejamento da Contratação e Processo Licitatório, que decidiu por seguir por uma Concorrência do tipo “Técnica e Preço” e que, após a Sessão Pública, declarou o Consórcio “Força Terrestre”, composto pelas empresas Akaer Engenharia (líder), Opto Space & Defense e Universal, vencedor o certame.
De forma geral, a modernização da VBR EE-9 Cascavel foi subdividida em 11 pacotes de trabalho, de variados níveis de complexidades, sendo eles: Plataforma Automotiva, Ar- Condicionado, Computador de Tiro, Sistema de Visão do Comandante, Sistema de Visão do Atirador, Sistema de Visão do Motorista, Revitalização do Canhão 90 mm, Comando e Controle e Plataforma Lançadora de Míssil.
Em complemento, ressalta-se que foi planejado que o projeto fosse executado nas instalações do Arsenal de Guerra de São Paulo, tendo em vista a busca por integração entre as empresas que trabalhariam na viatura e o on-the-job training, o qual resultará na absorção de conhecimentos relacionado à viatura modernizada, possibilitando a internalização de capacidades no âmbito do EB. Assim, foi criado o Escritório da Modernização da VBR EE-9 Cascavel, com militares da DF destacados no AGSP para o acompanhamento técnico, gerencial e administrativo do projeto, e revitalizada a linha de blindados daquela OM.
Em resumo, o projeto busca obter uma sobrevida de 15 anos a, no máximo, 201 viaturas, iniciando com 98 viaturas. Ocorrendo em paralelo com o Projeto de Aquisição da VBC Cav (viatura que substituirá o Cascavel, posteriormente), conduzido pela DMat, o contrato inicial, assinado este ano, engloba o projeto de pesquisa e desenvolvimento, que será de propriedade intelectual do EB, duas viaturas protótipo e sete do lote-piloto, tendo vigência de 5 anos.
9 – A DF realiza constantemente visitas às empresas da BID. O que tem encontrado?
Os militares do Sistema de Fabricação têm tido a oportunidade de visitar empresas dos mais variados ramos, tanto as que já possuem relacionamento com o EB ou outra Força Armada quanto as que tem interesse em começar.
Assim, no geral, tem-se encontrado recursos humanos extremamente capacitados e interessados, além de capacidades técnicas e fabris que trazem certeza quanto à uma Base Industrial de Defesa forte que atenda não somente ao mercado nacional, mas que venha a ser referência internacional, em um futuro não tão distante.
Ainda, algumas empresas têm procurado atuar de maneira dual, estando já especializadas tecnicamente em alguma área civil e buscando trazer essa experiência para alguma aplicação militar. Tal ação é extremamente louvável, pois, dessa forma, a empresa acaba se protegendo parcialmente das dificuldades do mercado de defesa, além de já possuir uma “bagagem” técnica aliada à uma visão externa ao contexto militar.
10 – A relação de cooperação – universidade / indústria e governo – fortalece as necessidades do EB. Ela já é realidade?
Tal relação já se provou eficaz no âmbito nacional em diversos contextos e dentro do âmbito do Exército Brasileiro não é diferente. Atualmente, o SisDIA é o órgão do DCT responsável pelo tema, tendo como objetivo auxiliar o Exército Brasileiro na operacionalização da hélice tríplice, para oferecer maior dinamismo e celeridade nas respostas aos questionamentos do SCTIEx, sempre na defesa dos interesses da Força Terrestre.
Diante disso, a Diretoria tem cooperado significativamente com o SisDIA, na medida em que facilita a integração da pesquisa e desenvolvimento tecnológico com o ambiente de produção, mediante o estabelecimento de parcerias com a Base Industrial de Defesa e com algumas universidades, desempenhando importante papel nessa Hélice Tríplice por ter capacidade industrial e conduzir diversos projetos que podem ser suplementados com inovações oriundas das universidades.
11 – Na sua opinião, uma associação como a ABIMDE contribui com a DF e com o Exército Brasileiro?
A ABIMDE tem ganhado um papel muito interessante ao longo dos anos no relacionamento do Exército Brasileiro com as empresas da BID. Desde a emissão de declarações isentas e impessoais, certificação de Empresas Estratégicas de Defesa, até o fomento de eventos, reuniões e discussões acerca do mercado de defesa nacional. Todas essas atividades têm influenciado positivamente, direta ou indiretamente, o Sistema de Fabricação.
Por fim, é importante ressaltar que a atuação presente de uma associação desse tipo demonstra o amadurecimento do mercado, auxiliando no seu desenvolvimento e, assim, consequentemente, o do país.
12 – Faça suas considerações finais.
A Diretoria de Fabricação vem acumulando, ao longo dos anos, novas competências e capacidades, o que naturalmente aumenta o grau de complexidade de seus processos, tanto finalísticos quanto administrativos e financeiros. Sendo essa a nossa realidade, tentamos dar a tudo em que nos envolvemos uma visão sistêmica, de sorte a assegurar o completo sucesso às missões recebidas.
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